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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Que eu me recorde foi a primeira vez que lamentei o fim de ano. Na hora de fazer a retrospectiva de 2007 eu percebi o quanto esse tal ano em especial havia sido generoso comigo. Tanto que no meio do foguetório perturbador de boas vindas ao ano novo, eu ainda tinha esperanças de que ele desistisse e fosse embora. Queria mesmo era me agarrar feito criança em lojas doces, nas pernas (?) de 2007 e não deixar ele partir.
Eu nunca simpatizei com os números ímpares , mas aquele 7 em especial poderia deixar para sempre! Claro, não foram 12 meses somente de alegrias e oba-oba. Eu talvez até conseguisse encher o "velho Chico" com a quantidade de lágrimas que também foram derramadas. Mas é aí então que vem a resposta de tanto apego.
Eu saí muito mais forte de todas as minhas freqüentes crises. De Janeiro a Dezembro eu tentei, com sucesso, transformar choro em força, questionamentos em soluções e tropeços em grandes saltos. Eu consegui largar mão de coisas que ingenuamente eu acreditei me fazerem bem.
A vida trouxe ainda alguns presentes de carne e osso que me apresentaram a parte de mim que eu desconhecia. A mesma também fortaleceu laços, desatou alguns que andavam frouxos e não seguravam nada. Ela também escreveu no meu dicionário intrínseco a palavra segurança. Tu podes, tu consegues, tu és capaz. As regrinhas básicas e batidas dos livrinhos de auto-ajuda que durante todos esses anos eu rejeitei.
Em 2007 eu fiquei gente grande e eu não sabia se ao abrir os olhos em 2008 eu ainda estaria.
O 2007 aqui foi só verão, e as pancadas de chuva duravam sempre muito pouco. Eu tinha medo que como filme bom ele acabasse ali, sentada com a minha bunda no sofá e gosto de quero mais. Os extras, as cenas cortadas, "conheça o elenco", e blábláblá não me supririam. E como eu nunca fui de querer pouco mesmo, dessa vez eu queria tudo de volta! Eu queria o MEU ano de volta! Férias surreais, descobertas, 1 milhão de sotaques, jogar todo o lixo fora, saber o que eu quero pro resto da vida, partir corações, reconstruir o meu, matar saudade, acertar os alvos, salvar 10 animais, crer em mim, aprender a gastar, dizer não, janeiro, fevereiro, março, abril, maio...
Eu esqueci mesmo que era só mais uma passagem no calendário, uma folha rasgada. São essas convenções, comemorações, cartões de créditos disfarçados de velhinhos gordos e coelhinho que sempre zoam com a minha cabeça. Esse ser desconhecido e nostálgico que habita o meu corpo quase que sem querer me cegava quanto ao fato de que eu não estava perdendo nada...
Sempre apostei nos pares! 2008 veio pra quebrar as minhas pernas. Sem rodeios, vamos a luta, deixando de lado as tradicionais manhas e as marcas de uma personalidade abalável, estou fazendo o que tinha que ser feito. E assumirei contas e riscos até o mês em que o Noel chegar com toda a
bagagem de 2007. Eu quero mesmo é me desafiar. Pegar todas as possíveis experiências aqui pra mim.
Não sou mais eu contra o tempo. Até 2010 eu talvez seja um super-herói.

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